Sintra é
uma vila portuguesa no Distrito de Lisboa, na
região de Lisboa, sub-região da Grande Lisboa e
na Área Metropolitana de Lisboa.
É sede de
um município com 319,23 km² de área[2] e
381 728 habitantes (2015) subdividido em 11 freguesias.
O município é limitado a norte pelo município de Mafra, a
leste por Loures, Odivelas e Amadora, a sudeste
por Oeiras, a sul por Cascais e a oeste pelo oceano
Atlântico. É a vila de Portugal com mais habitantes,
seguida de Cascais e Oeiras (Portugal). Esta região também é
conhecida como Riviera Portuguesa.
Podemos
encontrar na vila de Sintra testemunhos de praticamente todas as
épocas da história portuguesa e, não raro, com uma dimensão que
chegou a ultrapassar, pela sua importância, os limites deste
território. Na candidatura de Sintra a Patrimônio Mundial/Paisagem
Cultural junto da UNESCO, tratou-se de classificar toda uma área que
se assumiu como um contexto cultural e ambiental de características
específicas: uma unidade cultural que tem permanecido intacta numa
plêiade de palácios e parques; de casas senhoriais e respectivos
hortos e bosques; de palacetes e chalets inseridos no meio de uma
exuberante vegetação; de extensos troços amuralhados que coroam os
mais altos cumes da Serra. Também de uma plêiade de conventos de
meditação entre penhascos, bosques e fontes: de igrejas, capelas e
ermidas, polos seculares de fé e de arte; enfim, uma unidade
cultural intacta numa plêiade de vestígios arqueológicos que
apontam para ocupações várias vezes milenárias.
Ao
tempo do Império Romano toda a região de Sintra se
inscreveu no vasto territorium da civitas olisiponense, à
qual César cerca de 49 a.C. ou, mais
provavelmente, Otavianocerca de 30 a.C., concedeu o invejável
estatuto de Municipium Civium Romanorum. Os vários habitantes
da região inscrevem-se na tribo Galeria, adoptando nomes romanos -
com especial destaque para o imperial "Lulius" -, e
apresentam-se plenamente imbuídos de romanidade, nos mais diversos
aspectos culturais, políticos e econômicos. Mesmo aqueles que,
porventura oriundos de outras regiões da Lusitania, ostentam
nomes indígenas aparecem quase sempre integrados nesta sociedade
profundamente romanizada. Sob a atual Vila de Sintra detectaram-se
vestígios romanos avulsos, que sugerem a presença de um habitat
ocupado desde os séculos II/I a.C.- V d.C.. Uma via ligaria este
aglomerado à zona rural a sudeste da Serra onde entroncaria na
estrada para Olisipo. O troço seguiria grosso modo a Rua da
Ferraria, a Calçada dos Clérigos e a Calçada da Trindade. Conforme
o habitual uso que os Romanos tinham em colocar os seus
túmulos ao longo das vias e à saída dos habitats, também aqui se
detectaram vestígios de lápides pertencentes a monumentos
funerários do século II d.C..
Porta
islâmica no Castelo dos Mouros (Sintra). Após a Invasão
muçulmana do século VIII, a região de Sintra foi ocupada,
tendo a povoação recebido o nome de as-Shantara e sido erguida a
primitiva fortificação da penedia, entre o século VIII e o IX,
para controlar estrategicamente as vias terrestres que ligavam Sintra
a Mafra, Cascais e Lisboa.
Respiradouros
da cisterna de grande capacidade, que remonta ao período
islâmico. No seu interior abobadado brota a nascente que abastecia o
Palácio Nacional de Sintra. Castelo dos Mouros (Sintra)
Durante
o domínio muçulmano surgem os primeiros textos que
referem explicitamente a Vila de Sintra (Xintara ou Shantara em
árabe). Sintra é apresentada no século X pelo geógrafo
Al-Bacr, fixada por Al-Munim Al-Himiari, como «uma das vilas que
dependem de Lisboa no Andaluz, nas proximidades do mar». Outros
textos assinalam-na como o centro urbano mais importante logo a
seguir a Lisboa, neste território. Sintra «uma das regiões onde as
maçãs são mais abundantes (...) [e] atingem uma tal espessura que
algumas chegam a ter quatro palmos de circunferência» (Al-Bacr),
Lisboa a Al-Usbuna que foi durante o período de ocupação
muçulmana um importante centro econômico de tal dimensão que o
cruzado Osberno, à data da reconquista, se lhe referiu como «o
mais opulento centro comercial de toda a África e de uma grande
parte da Europa».
Principal
núcleo urbano e econômico logo a seguir a Lisboa, a Vila de Sintra
e o seu Castelo foram durante a Reconquista, no século XI,
várias vezes assolados pelos exércitos cristãos. O rei Afonso
VI de Leão na sequência da queda do califado de
Córdova numa conjuntura de instabilidade entre as
diversas Taifas muçulmanas da Península e da decisão do
rei de Badajoz Al Mutawakkil, de se colocar sob sua proteção
face à ameaça almorávida, após um período de hesitação
entre 1090 e 1091, recebeu deste na Primavera de 1093 as cidades de
Santarém, de Lisboa e o Castelo de Sintra. Afonso VI tomou posse das
ditas cidades e do castelo de Sintra entre 30 de Abril e 8 de Maio
de 1093.Fonte
![]() |
Palácio Nacional de Sintra (não visitei) |
Sintra, um lugar com muitas maravilhas para serem conhecidas
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