Minha bisavó Emília Affonso
Meu
avô materno nasceu em uma Freguesia(extinta na reforma de 2013)
chamada Moreira do Rei,um lugar onde há fartura de histórias da
época medieval, dos Romanos e Mouros, com a diferença que ela
pertence agora ao Concelho de Fafe e se chama Freguesia de Moreira do
rei e Várzea Cova. Quer conhecer a história de Moreira do Rei?
Não
estive no lugar onde meu avô nasceu, simplesmente porque eu ainda
não sabia, só consegui saber disso em Braga, nos arquivos antigos,
mas a distância era grande e o tempo curto.
Mas,
da próxima vez que for a Portugal( espero que seja em breve), irei
visitá-la e certamente conhecerei a igreja onde se batizou e pisarei
o mesmo solo que o recebeu ao nascer.
Graças a dona desse charmoso lugar, onde fomos beber um café, descobrimos que os documentos com mais de 100 anos se encontravam em Braga.
Ao
contrário de muitos que vieram dessa região e voltaram ricos, meu
avô, nunca mais pode ir à sua cidade, pois não podia custear a
passagem e nem buscar sua mãe, que morreu sem a presença dele(Fatos
da vida real).
Meu
avô veio para o Brasil com 13 anos.
Homenagem
a ele e a todos que saem de suas terras, fugindo da miséria, ou como
no caso dele,colocado em um navio, para tentar sobreviver.
Um comovente abraço e homenagem a todos os imigrantes que são tão rechaçados,inclusive aqui no Brasil, pela intolerância oriunda da ignorância.
Fafe
É uma cidade portuguesa, de onde são naturais os Fafenses,
situada no Distrito de Braga, Região Norte e
sub-região do Ave , (uma das sub-regiões mais industrializadas do país) na Província do Minho .
Como
qualquer outro concelho do Vale do Ave, Fafe teve grande propensão
para a emigração. Na realidade, o século XIX marcou as terras de
Fafe, sobretudo com a forte incidência emigratória para o Brasil,
na época a terra mais apropriada, à procura de fortuna. Muitos
destes emigrantes transportariam para Fafe as suas economias (muitas)
aplicando-as na construção de belos edifícios e palacetes.
Os
anos sessenta marcaram outra fase de grande emigração, nomeadamente
na corrida para os países da Europa onde a mão-de-obra era escassa
- Alemanha, França, Bélgica, Suíça e Luxemburgo. Em menor escala,
a África do Sul, o Canadá e a Venezuela receberam emigrantes destas
terras, ainda que para o Brasil se fossem registando amiudadas
deslocações. O movimento emigratório operou grandes transformações
nos "usos e costumes" dos fafenses, de um modo particular
no pensamento, na economia e na cultura, que permitiu um
significativo progresso no crescimento econômico, fruto das
transferências de capitais e sua aplicação.
Estas
mudanças e a "importação" de culturas e pensamentos
diferentes, operaram realizações de vulto, sendo disso um bom
exemplo a têxtil do Bugio e a Companhia de Fiação e Tecidos de
Fafe, que ao tempo, foram pioneiras em organização, gestão e
produção, constituindo grandes polos de emprego e riqueza local,
bem como grande atracão demográfica, na medida em que na freguesia
de Fafe se instalou gente de diversas zonas do concelho e de
concelhos vizinhos. Graças à instalação da têxtil, o concelho
sentiu o crescimento da sua riqueza e, por conseguinte, viu melhorar
o poder econômico das famílias.
Existe uma lenda sobre a justiça de Fafe, que gerou a frase
"Com Fafe, ninguém fanfe"
" Contam as pessoas mais antigas que esta tradição surgiu quando nas Cortes do Reino, um Visconde de Moreira de Rei se atrasou para uma sessão e ao chegar um Fidalgo que assistia o insultou, julgando-o um vilão. No momento o Visconde ignorou os insultos, mas no final da sessão, o Fidalgo continuou a censurá-lo, atirando-lhe as luvas à cara. Então ajustou--se um duelo, na qual o Visconde é que escolhia as armas. Marcou-se o dia, a hora e o local.
De acordo com o combinado, apareceram todos e constatou-se que a arma era um pau de marmeleiro. Visto que o Fidalgo não sabia muito bem manejar o pau num duelo, o Visconde deu a primeira paulada. A assistência, vendo tal “ palhaçada”, pois o Fidalgo limitou-se a defender-se, o que fez com que todos se desatassem às gargalhadas, proclamando “ Viva a Justiça de Fafe e com Fafe Ninguém Fanfe”.»
Eu e meu irmão encenando...
Fernanda adora ser fotografada( não)
Pelas lindas ruas de Fafe
Até então, eu pensava que havia sido aqui o batismo de meu avô
A pia batismal
PS: Encontrei Fafe aqui no Rio, no Shopping Américas
O papel que vem com a bandeja conta a lenda da justiça de Fafe, a que me referi acima.
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