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terça-feira, 27 de março de 2018

Fafe, Distrito de Braga, Minho, Portugal


                         Mapa de Portugal com a localização de Fafe
Meu avô Albino Affonso, nascido em 25/07/1893
Minha bisavó Emília Affonso
Meu avô materno nasceu em uma Freguesia(extinta na reforma de 2013) chamada Moreira do Rei,um lugar onde há fartura de histórias da época medieval, dos Romanos e Mouros, com a diferença que ela pertence agora ao Concelho de Fafe e se chama Freguesia de Moreira do rei e Várzea Cova. Quer conhecer a história de Moreira do Rei? 
Não estive no lugar onde meu avô nasceu, simplesmente porque eu ainda não sabia, só consegui saber disso em Braga, nos arquivos antigos, mas a distância era grande e o tempo curto.
Mas, da próxima vez que for a Portugal( espero que seja em breve), irei visitá-la e certamente conhecerei a igreja onde se batizou e pisarei o mesmo solo que o recebeu ao nascer.
Graças a dona desse charmoso lugar, onde fomos beber um café, descobrimos que os documentos com mais de 100 anos se encontravam em Braga.
 Ao contrário de muitos que vieram dessa região e voltaram ricos, meu avô, nunca mais pode ir à sua cidade, pois não podia custear a passagem e nem buscar sua mãe, que morreu sem a presença dele(Fatos da vida real).
Meu avô veio para o Brasil com 13 anos.
Homenagem a ele e a todos que saem de suas terras, fugindo da miséria, ou como no caso dele,colocado em um navio, para tentar sobreviver.
Um comovente abraço e homenagem a todos os imigrantes que são  tão rechaçados,inclusive aqui no Brasil, pela intolerância oriunda da ignorância.

Fafe

 É uma cidade portuguesa, de onde são naturais os Fafenses, situada no Distrito de Braga, Região Norte e sub-região do Ave , (uma das sub-regiões mais industrializadas do país) na Província do Minho . 
História
Como qualquer outro concelho do Vale do Ave, Fafe teve grande propensão para a emigração. Na realidade, o século XIX marcou as terras de Fafe, sobretudo com a forte incidência emigratória para o Brasil, na época a terra mais apropriada, à procura de fortuna. Muitos destes emigrantes transportariam para Fafe as suas economias (muitas) aplicando-as na construção de belos edifícios e palacetes.
Os anos sessenta marcaram outra fase de grande emigração, nomeadamente na corrida para os países da Europa onde a mão-de-obra era escassa - Alemanha, França, Bélgica, Suíça e Luxemburgo. Em menor escala, a África do Sul, o Canadá e a Venezuela receberam emigrantes destas terras, ainda que para o Brasil se fossem registando amiudadas deslocações. O movimento emigratório operou grandes transformações nos "usos e costumes" dos fafenses, de um modo particular no pensamento, na economia e na cultura, que permitiu um significativo progresso no crescimento econômico, fruto das transferências de capitais e sua aplicação.
Estas mudanças e a "importação" de culturas e pensamentos diferentes, operaram realizações de vulto, sendo disso um bom exemplo a têxtil do Bugio e a Companhia de Fiação e Tecidos de Fafe, que ao tempo, foram pioneiras em organização, gestão e produção, constituindo grandes polos de emprego e riqueza local, bem como grande atracão demográfica, na medida em que na freguesia de Fafe se instalou gente de diversas zonas do concelho e de concelhos vizinhos. Graças à instalação da têxtil, o concelho sentiu o crescimento da sua riqueza e, por conseguinte, viu melhorar o poder econômico das famílias.
Existe uma lenda sobre a justiça de Fafe, que gerou a frase
"Com Fafe, ninguém fanfe"
" Contam as pessoas mais antigas que esta tradição surgiu quando nas Cortes do Reino, um Visconde de Moreira de Rei se atrasou para uma sessão e ao chegar um Fidalgo que assistia o insultou, julgando-o um vilão. No momento o Visconde ignorou os insultos, mas no final da sessão, o Fidalgo continuou a censurá-lo, atirando-lhe as luvas à cara. Então ajustou--se um duelo, na qual o Visconde é que escolhia as armas. Marcou-se o dia, a hora e o local.


   De acordo com o combinado, apareceram todos e constatou-se que a arma era um pau de marmeleiro. Visto que o Fidalgo não sabia muito bem manejar o pau num duelo, o Visconde deu a primeira paulada. A assistência, vendo tal “ palhaçada”, pois o Fidalgo limitou-se a defender-se, o que fez com que todos se desatassem às gargalhadas, proclamando “ Viva a Justiça de Fafe e com Fafe Ninguém Fanfe”.» 


Eu e meu irmão encenando...
                       Fernanda adora ser fotografada( não)
Pelas lindas ruas de Fafe
Até então, eu pensava que havia sido aqui o batismo de meu avô
A pia batismal




Reparem na delicadeza das telhas que compõem a beira do telhado





Notem a altura das casas dessa viela acima
 E os casarões
 Paradinha para o almoço e um vinho verde
As ruas são cheias de pés de camélia









Até a próxima parada...Braga

PS: Encontrei Fafe aqui no Rio, no Shopping Américas





O papel que vem com a bandeja conta a lenda da justiça de Fafe, a que me referi acima.




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